
São Paulo voltou no tempo no fim de julho, quando mais de 15 mil fãs invadiram o Transamerica Expo Center para viver três dias de pura nostalgia na terceira edição da Retrocon, hoje reconhecida como o maior encontro de videogames retrô do Brasil. Entre 25 e 27 de julho de 2025, o público mergulhou em um universo com mais de 10 mil metros quadrados dedicados aos consoles, arcades, pinballs, revistas e ídolos que marcaram gerações.
A edição deste ano surpreendeu logo de cara: espaço quase três vezes maior que o anterior, corredores amplos, atrações melhor distribuídas e um cenário pensado para recriar a magia dos anos 80 e 90. O visitante não apenas via jogos clássicos, ele respirava a atmosfera das locadoras e fliperamas de décadas atrás, com direito a luzes, sons e cores que pareciam saídos de uma máquina do tempo.
No palco principal, momentos históricos para qualquer gamer. O lendário Yuzo Koshiro, responsável por trilhas eternizadas em Streets of Rage, The Revenge of Shinobi, Sonic (Master System) e Castlevania: Portrait of Ruin, veio ao Brasil pela primeira vez para falar de seu novo jogo, Earthion, um shoot’em up retrô com estética 16 bits lançado em julho. Ele participou de meet & greets, painéis e encerrou o evento no domingo com uma apresentação musical exclusiva. A emoção não parou por aí: Barry Leitch, compositor das músicas de Top Gear e Horizon Chase, se apresentou ao vivo ao lado da banda MegaDriver e do convidado Thiago Adamo, tocando a trilha completa de Top Gear, pura viagem no tempo.
Os corredores também guardavam verdadeiras cápsulas de memória gamer: fliperamas originais com clássicos da Capcom e SNK, todos liberados para jogar, Street Fighter Zero 2 e 3, King of Fighters, Metal Slug, entre outros, além de pinballs temáticos de Street Fighter 2 e Super Mario. Uma área especial recriava locadoras antigas, com consoles clássicos ligados a TVs de tubo para relembrar sessões de Super Mario, Sonic, Final Fight e Streets of Rage.
E não só de jogos vive a memória gamer. Duas editoras levaram nostalgia em papel: a Editora Europa, com revistas, pôsteres e “Super Detonados”, e a Editora Warp, que apresentou a exposição “História das Revistas de Videogame”, reunindo edições raras e primeiras publicações que ajudaram a moldar o jornalismo especializado no Brasil.
Entre um painel e outro nos dois palcos, onde rolaram entrevistas com influenciadores, debates sobre a cena gamer e apresentações musicais, os visitantes encontraram um verdadeiro mercado retrô. Mais de 100 expositores transformaram a feira em um paraíso para caçadores de relíquias: prateleiras cheias de jogos e consoles clássicos, camisetas temáticas, revistas históricas e colecionáveis raríssimos. Para muitos, foi a chance de garimpar aquela edição especial ou peça única que só se via em foto, e levar um pedaço da nostalgia para casa.
A edição 2025 da Retrocon não apenas encantou o público, ela redefiniu o que se espera de um evento gamer no Brasil. Mais do que um tributo ao passado, a feira mostrou que a nostalgia é capaz de impulsionar ideias e inspirar novas experiências na indústria atual. O resultado foi uma celebração vibrante que reforçou a união da comunidade retrogamer e o valor de manter viva a história dos videogames. O impacto foi tão grande que, para 2026, já se fala em uma expansão ambiciosa, consolidando a Retrocon como o maior e mais influente encontro de games clássicos da América Latina.
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